quarta-feira, 15 de julho de 2009

John Mayall ou Alexis Korner?

John Mayall ou Alexis Korner? Muitos consideram Alexis Korner. Outros mais consideram John Mayall. A história ainda proporciona questionar se o precursor não teria sido Chris Barber. Então, não poderia ele ser considerado o verdadeiro pai de todos? O que acham? Vamos olhar essas histórias?


John Mayall
John Mayall

Dos três, o mais famoso, e portanto o que mais influenciou diretamente um público maior foi John Mayall, que durante toda a década de 60 encantou a Europa e os Estados Unidos com sua qualidade de blues. Quando Eric Clapton entrou para sua banda, “The Bluesbreakers”, em 1965, sua popularidade explodiu na Inglaterra e Europa. Quando Mick Taylor se juntou à banda em 1967, Mayall e seus Bluesbreakers passaram a cavar um mercado nos Estados Unidos.

Durante a década de 70 em diante, John Mayall passou a viver mais da própria fama, seus discos perdendo a aura de inovadores. Mas o mercado, assim como o mundo, já havia mudado. O blues já não era mais um mistério a ser conferido. O blues se tornara finalmente "mainstream".

Então você deve estar pensando, qual a dúvida? Se John Mayall e sua banda foram os que fizeram toda uma geração conhecer e amar o blues, então é ele o pai do blues branco inglês! Não é? Contudo, para Mayall criar o seu Bluesbreakers, ele procurou se espelhar na banda Blues Incorporated, de Alexis Korner.

Alexis Korner
Alexis Korner

Alexis Korner passou a tocar o blues em uma época em que ninguém se interessava pelo gênero. Música negra americana para o inglês era o jazz. Até mesmo na América o blues era mal visto entre a maioria branca, ainda legalmente segregada. Korner, com a ajuda de outro inglês, Cyril Davies, montou uma banda que perduraria até meados da década de 60, a Blues Incorporated, e com ela despertou uma legião de músicos para o potencial do blues. Entre estes músicos novos a assistirem Alexis Korner e ser influenciado diretamente por sua música, está o próprio John Mayall. Se não fosse Korner conversar e convencê-lo que indo a Londres ele poderia viver de música, é possível que John Mayall passasse a vida trabalhando em uma agência de publicidade em Manchester, dando aulas de música para ajudar no orçamento e tocando só nos fins de semana, como ele vinha fazendo.

Percebem então agora que há razão para o tamanho respeito empregado a estes dois músicos? Se perguntar para John Mayall quem é o pai do blues branco inglês, ele é capaz de dizer “Alexis Korner”. Ao fazer a mesma pergunta a Korner, ele nomearia Chris Barber.

The Chris Barber Tradicional Dixieland Jazz Band não é exatamente o primeiro lugar que se pensaria para procurar blues. Difícil acreditar que tal banda poderia ser cogitada como um precursor deste gênero. Todavia, na década de 50, Barber, ao visitar Chicago, voltou bastante interessado nele. Passou a contratar artistas negros para cantar entre sets de sua banda de jazz. Barber diria claramente que queria mesmo ampliar o conhecimento de seu público quanto à diversidade da música negra. Com isto, muito garoto que foi para seu show assistir Dixieland jazz acabou conhecendo gente como Muddy Waters e Sonny Boy Williamson - o segundo.

Estes cantores eram acompanhados por uma formação diminuta da Jazz Band, que inevitavelmente contava com cinco músicos, três dos quais seriam diretamente responsáveis pela horda de músicos de blues e rock que viria a nascer até o final da década. São eles Alexis Korner, Cyril Davies e Lonnie Donnegan. Lançam um disco de jazz que inclui quatro faixas de um gênero criado por Donnegan, chamado “skiffle”. Em dois anos, haveria cerca de cinco mil bandas de skiffle espalhadas pela Inglaterra. Cada criança do país passou a querer se envolver com música de uma forma ou de outra. Foi o skiffle que fez garotos como John Lennon ou Roger Daltry a quererem levar um som, evoluindo naturalmente os interesses para rock 'n' roll. Donnegan seguiria uma rentável carreira solo pouco depois.

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A onda de skiffle abriu mercado para todo o mundo e Alexis Korner e Cyril Davies acabariam montando uma para ajudar no orçamento. Trabalhando bem como um duo, e ambos tendo grande amor pelo blues, acabariam em 1959 montando um grupo que viria a ser batizado depois de The Blues Incorporated.

Então, de fato, Chris Barber plantou a grande semente, mostrando que havia um mercado para o gênero dentro da Inglaterra. O que difere ele dos demais é que Barber permaneceu na sua especialidade, o jazz. Mas Korner e Cyril abriram mão do certo e investiram no duvidoso. Os primeiros shows da banda mal conseguiam trazer público para competir em número com a quantidade de músicos tocando no palco. Ao entrarem no ano de 1962, já havia público vindo até da Escócia para assistir ao Blues Incorporated. Músicos da banda acabavam saindo para formar suas próprias bandas e sendo substituídos por outros, igualmente ansiosos por aprender com o mestre. Por volta de 65 já havia tantas bandas de blues na Inglaterra que começava a ficar mais difícil renovar valores como antes. Até mesmo porque John Mayall e seus Bluesbreakers também se tornara um pólo para atrair talentos.

Neste quesito, o de nomear os participantes de cada banda, a lista é extensa e aparentemente sem fim. Por isto vamos nos prender basicamente à década de 60 e às bandas Blues Incorporated e Bluesbreakers.

Na Blues Incorporated esteve primeiro o talento de Cyril Davies, que iria montar o Cyril Davies & The All Stars, banda muito popular em Londres, mas que acabaria em '64 com a morte de Cyril, que sofria de leucemia. Se ele tivesse vivido a tempo de gravar mais material, talvez ele também estivesse apto a galgar o título de pai do blues branco inglês.

Geoff Bradford, um guitarrista purista de blues, que também esteve na formação embrionária dos Rolling Stones, formando depois a banda Blues By Six, cuja vida foi encurtada, uma vez que seu baterista Charlie Watts a deixou para se juntar aos Rolling Stones.

Long John Baldry, um dos primeiros cantores de blues na Inglaterra. Sua pouca fama não faz justiça à sua farta carreira. Baldry, embora não sendo o vocalista mais carismático do Reino Unido, conseguiu a difícil dádiva de ser amigo de todo mundo no meio. Teve também a sorte e o instinto de reconhecer talento instintivamente, quando o via. Foi Baldry quem, em '64, descobriria Rod Stewart dormindo em uma estação de trem e convidá-lo a cantar em sua banda. Seria ele também um dos maiores incentivadores para o talento de Elton John, cujo "John" de seu nome artístico é uma homenagem ao próprio John Baldry.

Charlie Watts, Brian Jones e Mick Jagger são três que se conheceram dentro dos Blues Incorporated. Charlie era o baterista da banda, Brian tinha um set com Paul Jones e Mick cantava três canções com o grupo. Brian formaria os Rolling Stones tentando trazer Paul Jones para os vocais. Este recusou e Mick Jagger acabaria entrando para o lugar. Charlie Watts tocaria com Bradford no Blues By Six, seguindo depois para os Stones, que começariam a ficar famosos.

Paul Jones, depois de perder a chance de cantar para os Rolling Stones, iria seguir carreira cantando para o Manfred Mann.

Dick Heckstall-Smith é um saxofonista de primeira linha. Depois de tocar com os Blues Incorporated passou para o Cyril Davies & The All Stars, que depois se tornaria Long John Baldry & the Hoochie Coochie Men. Smith iria então tocar para o Graham Bond Organization, seguindo depois para os Bluesbreakers de John Mayall.

Jack Bruce e Ginger Baker são dois músicos que vieram a se conhecer no Blues Incorporated. Ginger Baker foi o baterista que veio a substituir Charlie Watts no final de 1962. Seguiria com Jack Bruce e Dick Heckstall-Smith para o Graham Bond Organization no ano seguinte. A dupla ficaria mundialmente famosa ao formar o Cream em 1966.

Graham Bond é um talentoso tecladista, muito respeitado, que em 1963 formaria a Graham Bond Organization, banda que teria certo apelo comercial na Inglaterra. A formação inclui, além de Graham Bond, John McLaughlin, Jack Bruce, Dick Heckstall-Smith e Ginger Baker.

Art Wood, cantor que substitui Baldry no Blues Incorporated formaria depois a banda Artwoods, outra banda com certo status cult na Inglaterra em meados de ‘60. Entre seus membros estão Keef Hartley e Jon Lord.

Agora vejamos os Bluesbreakers de John Mayall. Notem que, diferente de Alexis Korner, tido como boa praça e de papo fácil, John Mayall é tido como uma pessoa bem mais exigente e de temperamento mais explosivo. Suas regras dentro da banda são impostas e inflexíveis. Assim, há um rodízio consideravelmente maior na formação de sua banda. The Bluesbreakers é seguramente uma das bandas que mais tiveram formações diferentes entre todas as bandas existentes.

Em sua primeira encarnação, teve como baterista o Hugie Flint, que, ao deixar a banda, tocaria com Alexis Korner, quando este já não usava mais o nome de Blues Incorporated. Depois tocou por pequenos períodos em bandas como Chicken Shack, Savoy Brown, Georgie Flame & the Blue Flames e Manfred Mann, antes de formar sua própria banda McGuinness Flint com Tom McGuinness no final de 1969.

Ricky Brown, que já tinha uma carreira como baixista dos Savages, se juntou à primeira formação dos Bluesbreakers quando os Savages acabaram. Ele ficaria por pouco tempo, indo se juntar ao Cyril Davies & The All Stars com Carlo Little e Bernie Watson.

John McVie seria o baixista que mais tempo iria ficar nos Bluesbreakers, embora Mayall o fosse despedir pelo menos três vezes, desistindo na última hora ou recontratando depois. Eles se desentendiam em relação a uma das rígidas regras impostas por Mayall, a de não poder se intoxicar. McVie tinha o hábito de beber muito, o que resultava invariavelmente em sua dispensa. Mas de uma forma ou de outra, McVie conseguiu continuar até 1967, e é o músico com maior durabilidade na história da banda. Deixou o grupo para se juntar ao Fleetwood Mac.

Davey Graham seguira uma carreira tocando folk-blues, esticando o gênero para horizontes sem precedentes. Experimentaria misturando folk e blues com elementos como raga indiano, instrumentações do oriente médio, e jazz, sendo respeitado com um inovador.

Bernie Watson, outro ex-Savage que, depois de tocar com Cyril Davies & The All Stars, passa um ano nos Bluesbreakers. Depois se tornaria um violonista clássico muito respeitado. Após Bernie deixar os Bluesbreakers, Mayall passaria um pequeno período com uma maior rotatividade de guitarristas. Isto mudaria quando Eric Clapton deixou os Yardbirds.

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Eric Clapton, que deixaria os Yardbirds assim que eles ficaram populares, ainda era largamente desconhecido na Inglaterra. Com seu trabalho com os Bluesbreakers, gravou o terceiro álbum da banda. Este disco, junto com algumas excursões pela Europa, colocaria John Mayall & The Bluesbreakers no seu apogeu, como também conferiria ao blues inglês o status de legitimidade. Eric Clapton também passaria a ser um nome mais conhecido em seu país, sendo a ele conferido o título popular de Deus da guitarra. Ao sair no verão de 1966, ele passa um tempo estudando seu instrumento antes de formar o Cream com Bruce e Baker.

Jack Bruce, já respeitado como um exímio baixista, depois de deixar o Graham Bond Organization entrou no Bluesbreakers em agosto de ‘65, substituindo John McVie, mandado embora novamente por aparecer bêbado. Bruce entrou durante o período em que os Bluesbreakers voltaram a ficar sem guitarrista fixo, uma vez que Clapton sumiu, indo passar o verão na Grécia com amigos. Tocou com Mayall por seis semanas, tempo suficiente para Clapton voltar e os dois se conhecerem musicalmente. Bruce seguiria depois para tocar com Manfred Mann antes de formar o Cream. John McVie seria convidado a voltar aos Bluesbreakers.

Peter Green seria o substituto de Eric Clapton em 1966, sendo o segundo de três guitarristas fora de série que os Bluesbreakers teriam na década de 60. Com um estilo inteiramente diferente de Clapton, Green conseguiu se ajeitar bem na lacuna deixada pelo seu antecessor. Formaria depois o Fleetwood Mac mantendo a fama de guitarrista excepcional até ficar doente, passando boa parte das décadas de 70 e 80 fora do circuito.

Ansley Dunbar seria em 1966 o baterista que substituiria Hughie Flint. Ficaria apenas seis meses, antes de ser substituído por Mickey Waller enquanto não encontravam alguém que ficasse permanentemente. Dunbar iria se juntar ao Jeff Beck Group e depois aos Mothers of Invention, de Frank Zappa. Sua carreira o levará a ser um dos mais prestigiados bateristas de estúdio da década de 70.

Mick Fleetwood seria outro baterista a ficar por pouco tempo na banda, um mês mais ou menos, quando foi expulso por bebedeira. Seria o tempo apenas de gravar três canções, entre elas um tema de co-autoria dele e John McVie que permaneceria inédito, chamado "Fleetwood Mac". Ao deixar a banda, Fleetwood levou com ele Peter Green, com McVie se juntando a eles três meses depois. Acabaram por formar a banda Peter Green's Fleetwood Mac.

Mick Taylor seria então o terceiro guitarrista do triunvirato fora de série dos Bluesbreakers. Com Taylor, Mayall consegue finalmente entrar no mercado americano. Como Clapton antes dele, é nos Bluesbreakers que Mick Taylor ficaria conhecido em seu país. Em 1969 Mick Taylor deixaria Mayall, se juntando aos Rolling Stones, que buscava nele um substituto para Brian Jones. Ele então passa a ter fama mundial.

Dick Heckstall-Smith, Jon Hisman e Tony Reeves entram na banda em um período que Mayall experimentava com uma formação mais jazzista. Ficariam por quase um ano, antes de juntos, deixarem os Bluesbreakers em setembro de 1968, para formarem a banda Colosseum. Smith passa a ser um prestigioso músico de estúdio durante a década de setenta. Reeves seguiria para formar Greenslade enquanto Hisman formaria Colosseum II.

Colin Allen e Steve Thompson, respectivamente bateria e baixo, tocariam juntos em uma das últimas formações dos Bluesbreakers, pouco antes de John Mayall abandonar o nome. Eles seguiriam para tocar no Stone Crow.

John Mayall
John Mayall

John Mayall, assim como Alexis Korner, continuaria a gravar durante as décadas de 70 e 80, Korner vindo a falecer em 1984. John Mayall continua vivo, gravando e ocasionalmente tocando pelo mundo afora. Cada vez com um grupo diferente de músicos, todos excelentes.

Quem é o grande pai do blues branco inglês? Par ou ímpar? Um, dois, três, e já!

COMO FORMAR UMA BANDA DE HARD ROCK

Ultimamente temos visto circulando uma grande quantidade de textos satirizando estilos de Metal. Normalmente, estes textos são traduções de sites estrangeiros e, pelo que sei, não existe nenhum texto originalmente brasileiro no estilo, então pensei em escrever um satirizando um dos meus estilos preferidos e que ainda não tinha nada semelhante: o Hard Rock.


1 – Você é um ser espiritual muito elevado que já descobriu o sentido da vida: hedonismo e diversão. Seu objetivo é ajudar outras pessoas a alcançar esse patamar. Portanto seja divertido.

2 – Escolha um nome para a banda que seja divertido e perigoso, mas não tanto, mais ou menos como fizeram Scorpions ou Poison. Nomes com conotação sexual e/ou pecaminosa também são bem vindos. Um bom exemplo é Dr. Sin.

3 – Se possível, faça seus shows sempre bêbado. Bêbados são mais divertidos que pessoas sóbrias.

4 – Além disso, bêbados podem fazer coisas que pessoas normais não podem, como jogar a TV dos hotéis pela janela.
5 – Jogue a TV dos hotéis pela janela.

6 – Quando você se tornar um alcoólatra, interne-se em uma clínica de reabilitação e diga que se arrependa de tudo o que fez quando bêbado. Quando tiver alta, volte a beber antes de todos os shows (afinal, estar sóbrio não é divertido) e reinicie o ciclo.

7 – Caso você seja o vocalista, NÃO beba antes dos shows. Cantar igual a uma arara já é difícil o suficiente sem ter ingerido álcool.

8 – Vocalistas de Hard Rock têm que passar a vida estudando e se esforçando para manter a forma. Porém, quando perguntarem o que você faz para cuidar da sua voz, responda: “Como muita mulher!”.

9 – Guitarristas têm a missão mais difícil, pois têm padrões altíssimos para seguir, como Eddie Van Halen, Jimmy Page, Yngwie Malmsteen e Steve Vai. Estude muito, pelo menos 8 horas por dia. Se perguntarem como você se tornou um virtuoso, veja regra número 8 para saber o que responder.

10 – Coma muitas mulheres.

11 – Se você for mulher, dê para muitos caras. Lembre-se das palavras de Aldous Huxley: “Promiscuidade é um dever do cidadão”.

12 – Sexo grupal é divertido.

13 – Faça sexo grupal.

14 – Nunca coma a mesma mulher duas vezes. A não ser que seja na mesma noite ou que você tenha esquecido dela (nesse caso, ainda assim acrescente um número na lista de mulheres com quem você dormiu).

15 – Quando você comer a mesma mulher duas vezes (ou mais) na mesma noite, multiplique esse número por cinco e conte essa odisséia na primeira entrevista em que tiver oportunidade.

16 – Toda manhã, ao acordar, expulse do quarto do hotel as duas mulheres que dormiram com você (no mínimo), vire para o leste e reverencie seus deuses: Page, Plant, Blackmore, Gillan, Simmons e Stanley.

17 – Após reverenciar seus deuses, reverencie os semi-deuses (aqueles que são a mistura dos deuses com reles mortais): Coverdale e Van Halen.

18 – Feito este ritual matinal, volte a suas ocupações habituais (comer muitas mulheres).

19 – Faça músicas sobre como é comer muitas mulheres.

20 – Se você for mulher, faça músicas sobre transar com muitos caras. Um bom exemplo é a banda feminina The Donnas e seu hino "40 Boys in 40 Nights" (40 caras em 40 noites).Mas nada de coisas como "Só no Forever oh! yes...
nao cola.

21 – A cada dez músicas sobre sexo, faça uma baladinha sobre amor. Isso é necessário caso você queira continuar comendo muitas mulheres (e você quer).

22 – Palminhas. Palminhas são divertidas. Sempre que possível, coloque palminhas nas suas músicas. Clássicos do estilo, como "I Love Rock & Roll) (Joan Jett and the Blackhearts) e "Slow and Easy" (Whitesnake), sempre têm palminhas.

23 – "Burn" (Deep Purple) deve ser sua maior fonte de inspiração para músicas pesadas. Já suas baladas devem ser fofas e sentimentais. Suas fontes de inspiração podem ser "Wind of Change" (Scorpions) e "To Be With You" (Mr. Big).

Lembre-se de colocar violões e coraizinhos em todas as baladas.

24 – Drogas são permitidas. Músicas sobre drogas também.

25 – Sexo, drogas e diversão. "Hell, yeah, bitch"!

26 – Depois que você já for um veterano (mínimo aceitável de 15 anos de carreira) e já estiver completamente lesado de tanta droga, pare de usá-las e dê entrevistas dizendo como as drogas são ruins e como você não as recomenda para ninguém. Se precisar de ajuda para inventar essas baboseiras, assista a entrevistas com Kiss ou Ozzy Osbourne.

27 – Por outro lado, nunca e eu realmente digo NUNCA, se arrependa da quantidade de mulheres que você comeu. Sempre que possível, cite um número aproximado nas entrevistas (por aproximado, entenda multiplicado por 5). Entre uma entrevista e outra, aumente pelo menos 100 mulheres nesse número, mesmo que as entrevistas tenham sido feitas no mesmo dia. Gene Simmons domina essa arte como poucos.

28 – Faça as músicas mais pesadas que conseguir (cuidado para não se tornar uma banda de Metal), mas dê um jeito para o grande público achar que sua banda é acessível. A melhor forma para atingir esse objetivo é colocando apenas as suas baladas no rádio e na MTV. Caso não tenha baladas suficientes, escolha as músicas mais leves e comerciais. Scorpions e Van Halen são mestres nisso, tanto que poucas pessoas sabem quão pesados eles realmente são.

29 – Não se leve a sério. Deixe isso para a galera do Metal, que canta sobre aço, trovões, honra, dragões, duendes e arco-íris.

30 – Seu público fiel é o mesmo do Metal. Tenha isso sempre em mente. Não faça a besteira de Aerosmith e Bon Jovi, que ficaram mais Pop querendo agradar ao público das rádios e praticamente caíram no esquecimento.

31 – Não seja como Steven Tyler e Jon Bon Jovi.

32 – Se quiser ser igual a Steven Tyler e Jon Bon Jovi, se baseie apenas na quantidade de mulheres que eles comeram.

33 – Seja igual a Gene Simmons.
34 – Como o Gene Simmons comeu mais mulheres que Steven Tyler e Jon Bon Jovi, não seja igual a esses dois.

35 – Seus refrões devem ser pegajosos e com coraizinhos fofos.

36 – Durante os shows, o guitarrista e o baixista devem cantar o coralzinho fofo no mesmo microfone que o vocalista vai cantar o vocal principal.

37 – Use roupas coloridas e chamativas. Calças de oncinha, bandanas e camisetas rosas são não apenas permitidas, mas necessárias. Se não gostar de bandanas, você precisa de um penteado tremendão. O mínimo aceitável é encher seu cabelo de laquê, mas se você quiser ser realmente um “Hard Rocker”, faça um corte igual ao de um poodle.

38 – Coloque um sabonete no meio das pernas. Você tem uma reputação a cumprir (a de comedor).

39 – Faça biquinhos nas fotos de divulgação.

40 – Use batom para deixar seu biquinho mais bonitinho.

41 – Não deixe seu biquinho ser confundido com cara de macho. Cara de macho é para as bandas de Metal. Se tem algo que você realmente não quer, é se passar por machão.

42 – Não se incomode quando os caras começarem a dizer que você é gay. Isso é esperado e planejado. Eles têm inveja da quantidade de mulheres que você come.

43 – As mulheres vão defender sua masculinidade com unhas e dentes. Prove que elas estão certas comendo-as.

44 – Paute sua vida pelas sábias palavras do "manager" do Steel Dragon: “Os homens querem ser você. As mulheres querem dar para você. Seu trabalho é viver a vida com a qual os outros sonham”.

45 – Não seja gay. Não que tenha algo de errado com isso, mas gays não costumam comer muitas mulheres.
46 – Finja ser gay. Mulheres gostam de caras que parecem ser gays.

47 – Coma essas mulheres.

48 – Sempre use óculos escuros. Mesmo que você esteja no cinema.

49 – Esbanje sua riqueza. Compre mansões, carrões e mulherões.

50 – Se você for estadunidense, lembre-se: você toca Metal. Você sabe que ninguém mais no resto do mundo considera Hard Rock e Heavy Metal a mesma coisa, mas desde quando estadunidenses se preocupam com o resto do mundo?

51 – Se você for estadunidense, faça pelo menos duas músicas falando sobre o 11 de setembro. Tragédias são a melhor forma de ganhar mais dinheiro e, conseqüentemente, mais mulheres.

52 – Transformar dinheiro em mulheres é muito fácil. Então ganhe muito dinheiro.

53 – Se você não for estadunidense, finja ser. Ninguém consegue ser tão ridículo quanto os estadunidenses.

Nenhuma banda de Hard Rock européia é tão divertida quanto as estadunidenses, por mais que tentem.
54 – Tire fotos de divulgação em frente à bandeira dos EUA, mesmo que você seja iraquiano.

55 – Quando suas vendas diminuírem, diga que a banda acabou porque você não suportava mais seus companheiros e que não existe absolutamente nenhuma chance de vocês voltarem a tocar juntos.

56 – Cerca de dois anos depois, anuncie a grande volta da banda (com a mesma formação de dois anos atrás) e lance um disco ao vivo.

57 – Depois da turnê para divulgação do disco ao vivo, regrave seu álbum mais famoso, de preferência com guitarras afinadas em ré e vocal mais agressivo. Diga que é um presente para os fãs. Os idiotas costumam achar legal esse tipo de demagogia.

58 – Diga pelo menos uma vez por ano que vem para o Brasil, mas cancele na última hora. Twisted Sister e W.A.S.P. são mestres nisso.

59 – Faça o possível para não precisar mais compor e gravar músicas novas. Afinal, a quantidade de groupies em um estúdio é muito inferior à quantidade de groupies em um show. Se precisar de inspiração e cara de pau para conseguir fazer isso, lembre-se de Kiss, Whitesnake e Twisted Sister.

60 – Músicas inéditas são para fracos que não sabem viver do passado.

61 – Sempre que possível, diga que os shows não são por dinheiro, afinal, você já tem milhões de dólares. Sua banda voltou porque existem muitos fãs que não tiveram oportunidade de vê-la antes dela acabar (há dois anos). Isso não será nem uma mentira completa, pois o dinheiro realmente não é a finalidade dos shows, apenas o meio com o qual você vai alcançar o fim almejado (mulheres)

62 – Dizer que é tudo pelos fãs = Mais dinheiro = Mais mulheres = o objetivo da vida.

63 – Não case. O casamento costuma atrapalhar o sexo grupal.

64 – Sexo grupal é mais importante que casamento.

65 – Saia com atrizes pornô. Elas são boas de cama e costumam aceitar sexo grupal mais facilmente. Inspire-se no Mötley Crüe.

66 – Se você não curtir atrizes pornô, saia com o elenco de S.O.S. Malibu. O Tommy Lee fez isso melhor do que ninguém.

67 – Grave um filme pornô com as atrizes do S.O.S. Malibu e lance comercialmente com a desculpa de que ele foi roubado da sua casa.

68 – Se possível, chame a Pamela Anderson para estrelar o filme. Se ela já fez isso com Brett Michaels e Tommy Lee, por que não faria com você?

69 – 69 é divertido, portanto pratique com freqüência.

abraçao...e bom fim de semana...


Tenho dito

Joao