quarta-feira, 3 de setembro de 2008
GUERRA DO PARAGUAI - Maior conflito internacional do Continente Americano
Conde DEu e Caxias inspecionam a tropa brasileira formada por macacos..Charge Jornal Paraguaio 1968
Tanta ousadia teve o seu preço político. Aos poucos, surgiu uma grande oposição fora do Paraguai, promovida nos bastidores pela antiga elite desterrada, a Igreja e os dirigentes das nações vizinhas, particularmente a Argentina e o Brasil. Os paraguaios viviam parcialmente isolados em sua "ilha de prosperidade", pois sofriam o boicote dos países vizinhos - um bloqueio comercial disfarçado. Por exemplo, havia grande dificuldade para exportarem sua produção agrícola - os principais produtos eram o fumo e a erva mate - uma vez que dependiam do Rio da Prata, dominado pelos poderosos mercadores de Buenos Aires. Mesmo assim, a "nação guarani" continuava progredindo. O enfraquecimento da Igreja, a organização de uma estrutura militar e a elevação do padrão de vida garantiam o apoio popular ao governo, que era exercido por presidentes em regime ditatorial. A criminalidade havia praticamente desaparecido e os paraguaios de origem índia - 80% do povo - desfrutavam dos mesmos direitos civis da população branca.Nesta época, a Inglaterra era a nação mais forte do planeta e, à exceção do Paraguai, todas as ex-colônias importavam produtos ingleses e apanhavam empréstimos em seus bancos. O desenvolvimento industrial e a independência financeira dos paraguaios colocavam em risco os interesses ingleses e sua hegemonia capitalista no continente sul-americano. Foi então que, em 1864, ampliando o boicote já existente, os britânicos recorreram aos seus "parceiros" Argentina, Brasil e Uruguai para que formassem a Tríplice Aliança e derrubassem o governo paraguaio, chamado por eles de "abominável ditadura". O acordo foi celebrado em Buenos Aires, sob a orientação de um representante inglês. A armadilha estava pronta.
Paraguai 2005 - MAPA DA CIA U.S. Central Inteligence Agence
O Tratado da Tríplice Aliança entre o Império do Brasil, a República Argentina e a República Oriental do Uruguai foi secretamente engendrado um ano antes de sua publicação. A farsa tornou-se pública na época, e vários países protestaram - inutilmente - contra o plano premeditado de destruir e partilhar o Paraguai¹.Os brasileiros usaram um tratado de ajuda militar mútua entre o Uruguai e o Paraguai como estopim da guerra, invadindo o Uruguai e depondo o seu presidente. A reação foi inevitável: enquanto sitiávamos Montevidéu, o paraguaio Francisco Solano López entrou na província de Mato Grosso e depois na província argentina de Corrientes, visando chegar a seus aliados uruguaios e socorrê-los da agressão brasileira.O Paraguai tinha o melhor exército dentre os envolvidos no conflito, e saiu-se vitorioso no primeiro ano dos combates. Foi então que a oportunista Inglaterra emprestou dinheiro ao Brasil para comprar - dos próprios ingleses - milhares de armas e 49 navios de combate velhos, quase sucata. Os argentinos, sentindo a superioridade do exército guarani, logo abandonaram as campanhas, alegando que os soldados se recusavam a lutar ao lado dos "macacos" brasileiros². O Uruguai pouco atuou no conflito, até porque estava dominado pelas forças brasileiras. Restou ao Brasil, portanto, assumir praticamente sozinho os últimos quatro anos da guerra.Adotamos uma política genocida contra os paraguaios - a ordem era barbarizar, exterminar a raça guarani. No Paraguai, o dia 16 de agosto é o Dia da Criança. Em vez de festa, sorrisos e alegrias, a data evoca a Batalha de Acosta Ñú, onde mais de 3.500 crianças foram degoladas pelos soldados brasileiros. Comandando a matança, Conde D`Eu ainda mandou incendiar o matagal cheio de meninos feridos e agonizantes. Na missão de destruir o país inimigo, os aliados contaminaram as águas dos rios com cadáveres, queimaram um hospital com dezenas de enfermos, degolaram milhares de crianças e estupraram mocinhas guaranis antes de matá-las. Notas¹(Milanesi 2004, apud Mocellin 1985 e Chiavenato 1998)² O termo fazia referência ao predomínio dos negros nas tropas brasileiras. Até hoje, somos chamados de "macaquitos" pelos argentinos e paraguaios.
A guerra durou de 1864 a 1870, quando Solano López foi morto com um tiro pelas costas em Cerro Corá. Terminado o conflito, o Paraguai estava em ruínas: foram exterminados mais de 75% da população (600 mil mortos), toda a população masculina com mais de 20 anos sucumbiu, indústria e agricultura foram destruídas, terras e ferrovias entregues a estrangeiros. Sobre os escombros do país, caiu o primeiro empréstimo da sua história (negociado com a Inglaterra, naturalmente), destinado a pagar dívidas de guerra¹ impostas pelos países da Tríplice Aliança. As fábricas paraguaias foram destruídas uma a uma; máquinas e ferramentas, lançadas nos rios.O Paraguai ficou sem 40% de seu território, entregues à Argentina (94 mil km²) e ao Brasil (60 mil km²). Nós perdemos mais de 100 mil homens (sobretudo negros²) e assumimos uma duplicata de 10 milhões de libras do Banco Rothchild, de Londres, que nos deixou combalidos financeiramente até o final do Império (a República logo fez outros empréstimos com o mesmo banqueiro, mas isto é outra história). Sem considerar que, por temor de que a Bolívia ajudasse Solano López, o governo brasileiro cedera ao ditador boliviano Melgarejo a região inteira do Acre, um "agrado" que posteriormente nos custou muito dinheiro, esforços diplomáticos e vidas para desfazer. A Inglaterra foi quem mais lucrou com a Guerra do Paraguai: fez empréstimos aos aliados a juros exorbitantes, vendeu armas e navios, passou a ter direito de navegação na Bacia do Prata, ficou com as ferrovias paraguaias e, finalmente, forçou o país a se submeter ao poder econômico e político britânico.
Notas¹A dívida de guerra era tão grande que foi perdoada posteriormente pelos aliados, mas não pela Inglaterra, que cobrou o empréstimo e seus altos juros integralmente, é claro² Registros da época indicam que a proporção racial nas tropas era de 45 negros para 1 branco.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Não esqueça !É bom saber utilizar o GPS....
Em português, a expressão foi traduzida para
Gente, o Padre Sumiu.
Será verdade ? Na Colônia Brasilis?
No Ceará Pode, no resto do Brasil Não pode.
Será que algum político levou 'bolinha' nesta licitação???? Acho que não!!!São todos anjinhos, né?
Isto é incrível...
Foram adquiridas 428 viaturas (Hilux SW4). Considerando que o Estado do Ceará é muito rico, a aquisição de carros de luxo para uso da polícia, com preço de mercado na faixa de R$ 150.000,00 cada um, é tido como normal.
Pra facilitar o entendimento, isso dá um total de R$ 64.200.000 ,00 (Sessenta e quatro MILHÕES e duzentos mil reais). Ainda bem que no nordeste do Brasil ninguém passa FOME !!!Detalhe : Automáticas, a óleo Diesel, rodas de liga-leve e bancos de couro.
E O GOVERNO DIZ QUE NÃO TEM VERBAS PARA A SAÚDE E PRECISA DA CPMF.....
Será que o Lula sabe disso?
Especialista critica compra de Hilux para o Ronda
06/08/2007 -11:37 POR: BETO ALMEIDA
A compra de veículos Toyota Hilux pelo Governo do Ceará para compor a frota do Programa Ronda do Quarteirão é questionada pelo coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo, José Vicente da Silva, ex-secretário nacional de segurança pública no governo Fernando Henrique Cardoso. A avaliação do coronel é reproduzida em artigo do jornalista Roberto Pompeu de Toledo em edição desta semana da revista Veja. O coronel faz um balanço ao jornalista sobre ações implementadas nos últimos oito anos na área de segurança pública. Ao mesmo tempo em que destaca correto “o trabalho do policiamento territorial, aquele em que os policiais se familiarizam com os bairros, as comunidades, seus problemas e seus criminosos” – objeto, portanto, do Ronda do Quarteirão – o coronel estranha outra “descoberta” nas leituras que faz das políticas estaduais de segurança pública implementadas nos estados. No caso do Ceará, José Vicente da Silva afirma: “Não conheço polícia americana que tenha um carro desses”. O dinheiro a ser gasto, segundo José Vicente, daria para comprar 1 000 viaturas comuns. Em resumo: para o coronel, o governo do Ceará acerta na proposta de policiamento comunitário, mas erra nos meios de que se utiliza para viabilizar o projeto.